Tupi faz bom jogo mas não resiste ao Atlético Mineiro

Pecado! Tupi joga de igual para igual contra o Atlético Mineiro no Estádio Municipal, perde caminhão de chances e, em falhas da defesa, perde por 3 a 0. Os gols da equipe belo-horizontina foram marcados por Lucas Pratto e Robinho (2). Após início aberto, jogo fica oferecido ao Carijó, que acabou pecando e caindo perante excelente equipe atleticana.

(Foto: Leonardo Costa / tupifc.esp.br)



O Galo Juiz -forano veio sem surpresas para a partida, com Glaysson; Osmar, Sidimar, Fabrício Soares e Thiaguinho; Jataí e Filipe Alves; Kiss, Kozlowski e Hiroshi; Michel. Já o time da capital, que trouxe força máxima, teve apenas a entrada de Carlos César na vaga de Douglas Santos como novidade no jogo. No início, velocidade total e partida aberta, com as duas equipes procurando o jogo, sem medo. O Galo de BH explorou a velocidade pelas pontas e o entrosamento, enquanto o Tupi buscava o espaço dado pelos avanços do atual Vice-campeão Brasileiro. Em um momento em que a partida estava equilibrada, aos 15, o Atlético se aproveitou de falha da defesa Carijó, que não acompanhou Lucas Pratto, para abrir o placar. Na cara do gol, o argentino não perdoou.

A partir daí, o Carijó voltou a apresentar falhas na cobertura da defesa, permitindo as jogadas de ponta com Cazares e Clayton. Apenas aos 27 minutos, o Tupi conseguiu retomar a criatividade do time, criando boas chances com Osmar e Kozlowski. Fazendo boa partida, os juiz-foranos voltaram a sofrer pequena pressão, mas levaram o placar mínimo para o intervalo.

(Foto: Leonardo Costa / tupifc.esp.br)


No retorno, o Atlético trouxe o craque Robinho para campo, no lugar de Cazares. Com essa mudança, a equipe acabou perdendo meio de campo, o que permitiu ao Tupi ter a bola e criar jogadas, aproveitando as subidas dos dois laterais. Com isso, o alvinegro local criou inúmeras chances e assustou. Logo aos 10 minutos, Kiss arrancou em contra-ataque pela direita, entrou sozinho com o goleiro Giovanni e perdeu uma grande oportunidade. O lance explodiu o Tupi, que começou a arriscar ainda mais. Aos 17, Kiss voltou a arriscar de fora. Logo em seguida, aos 23, Pirão, que havia entrado na vaga de Thiaguinho, debilitado por uma febre, bateu boa falta. Aos 28, nova oportunidade clara, dessa vez com Hiroshi, que cabeceou de dentro da pequena área pra fora. Era só pressão e o gol parecia questão de tempo.



(Foto: Leonardo Costa / tupifc.esp.br)
Foi ai que, aos 30 minutos, aconteceu o lance que mudou o jogo. Em dividida de bola com o meia Kiss, o goleiro Giovanni acabou levando a pior e teve que ser atendido. O atendimento demorou cinco minutos e esfriou o Tupi, que vinha exercendo forte pressão. Na volta, logo aos 36 do segundo tempo, aproveitando-se do momento de cochilo do Tupi, Robinho ampliou o marcador. A partir daí, a ducha de água fria foi forte no Carijó. Não houve mais reação por parte do time da casa, que lutou muito e enfrentou, na minha opinião, o melhor elenco do Brasil de igual para igual. Aos 50 minutos, em lance duvidoso, Luan cruzou pra Robinho que deu números finais ao jogo, marcando o terceiro. Detalhe que os três gols sofridos não condizem com o que o jogo se apresentou. Tupi merecia mais e jogou para vencer.

No fim fica a lição: quando se joga contra uma equipe de tamanha qualidade, as chances devem ser aproveitadas e os erros minimizados. As falhas da defesa, que se portou lenta, acabaram custando uma tranquilidade maior no jogo. Já o setor de criação funcionou muito bem e dá esperanças de que a recuperação não vai demorar a acontecer no torneio. A finalização também precisa ser apurada, já que as oportunidades surgiram e não foram bem concluídas. A conclusão, após o resultado enganoso de hoje, é que o time evoluiu muito e pode crescer ainda mais. Ter o domínio das situações em parte do jogo contra uma equipe como a do Atlético deve ser exaltado e levado à diante. Agora é partir rumo à Patos de Minas, para encarar a URT, no próximo domingo (27), às quatro da tarde.


Destaques:
--William Kozlowski fez uma excelente partida. Participou das jogadas, se movimentou e apareceu para jogar. É isso que o torcedor esperava dele. Que siga evoluindo.
--Defesa vacilou e precisa de ajustes. A linha formada com os laterais tornou a saída previsível, o que facilitou as jogadas do Atlético pelas pontas e os passes rasantes. Cobertura dos volantes também contribuiu. Filipe Alves foi bem na saída de bola, mas deu alguns espaços pelo meio. Jataí cochilou em algumas bolas e coberturas.
--Glaysson continua brilhando. Atleta mostra que é sim goleiro de Série B.

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