Sem qualidade no último passe, Tupi perde para o Villa em casa

Faltou criatividade no último passe. Tupi voltou a perder em casa, dessa vez para o Villa Nova, hoje (5), por 1 a 0, apresentando deficiência no setor de criação. Em jogo aberto, principalmente no primeiro tempo, chutaço de Roger Guerreiro foi determinante para que a equipe de Nova Lima pudesse se fechar e atrapalhar qualquer tentativa por parte do Carijó. Primeiro tempo fraco e domínio sem efetividade, graças também ao bom posicionamento adversário, definiram o placar que afasta os juiz-foranos da briga pelo G-4 do Campeonato Mineiro.

Tupi entrou em campo com novidade e tentava dar velocidade


Drubski iniciou a partida com um time diferente do esperado, graças à lesão de Hiroshi, que não veio para o jogo. Romário acabou ganhando a posição e Kozlowski veio na armação. Com isso, o onze inicial Carijó ganhou o gramado com Glaysson; Osmar, Sidimar, Fabrício Soares e Thiaguinho; Jataí e Felipe Alves; Romário, Kozlowski e Kiss; Michel. Essa formação já havia sido testada na atividade da última quinta-feira, após a lesão de Hiroshi. 

Jogo começou aberto, com as duas equipes dando espaço

Logo de cara o Tupi tem duas boas chances com Kozlowski, chutando torto, e Michel, em impedimento. O Villa também respondeu com Fábio Junior, em início de partida bem aberto. Os dois times em campo mostravam postura bem ofensiva, o que permitia as ultrapassagens nas costas dos laterais. Tanto o Galo (que errou um pouco mais atrás) quanto o Leão sentiram dificuldades na cobertura. Aos 14, bola na trave de Vinicius Kiss assusta, mas o árbitro anula alegando impedimento de Romário, que participou da jogada. Na sequência, Sidimar perdeu grande oportunidade no ataque e o Villa teve gol anulado. Jogo seguiu quente e veloz.

O time de Nova Lima, a partir dos 20 minutos, se posicionou atrás, buscando os contra-ataques e o espaço dado pelo Carijó na saída dos laterais, que cochilaram em alguns momentos. Com isso o Galo tinha liberdade pra trabalhar a bola na intermediária, mas sentiu dificuldades para encaixar as jogadas mais agudas. Aos 31, aproveitando contra-ataque, o polonês Roger Guerreiro meteu um golaço, abrindo o placar para o Villa. Visitantes aproveitaram cochilo do Tupi, que parou na jogada e não acompanhou o ataque. Após o gol, o alvinegro sentiu e passou a errar passes bobos. Vinicius Kiss fez um mal primeiro tempo, assim como o setor de criação do Galo, que não produziu mais nada. A última jogada Carijó foi uma boa cabeçada de Romário aos 44. 

Tupi voltou pra segunda etapa com mudanças

Na segunda etapa, o meia atacante Ygor entrou no lugar de Kozlowski. Drubsky pediu para que ele explorasse mais a velocidade na saída do time. O atleta entrou pelo meio, levando Kiss para a esquerda e Romário para a direita novamente, já que na primeira etapa a inversão havia acontecido. De cara, o Galo levou perigo em duas cobranças de escanteio. O Carijó começou a se soltar pro jogo, chegando com muito mais perigo. Movimentação no meio melhorou um pouco com Ygor, possibilitando algumas chegadas. Aos 14, saiu Romário para a entrada de Rubens. 

Aos 21, em momento melhor do Tupi, mexida ousada com a entrada de Ramon no lugar de Fabrício Soares. Com isso, Rafael Jataí assumiu a posição na defesa. A equipe Carijó tentava, tinha mais posse, mas só levava perigo na bola parada. Os seguidos erros ofensivos deixavam os torcedores loucos. Vinicius Kiss continuou mal no jogo, errando passes e desperdiçando ataques. Galo continuou ganhando campo, mas a efetividade era nula. No final, os donos da casa tentavam exercer pressão, mas só criavam contra-ataques do adversário. A entrada de Ramon melhorou o setor, mas o meio voltou a falhar quando encarou equipe fechada.

Foi um Tupi completamente diferente do que enfrentou Guarani e Tombense. Mal em campo, equipe caiu na armadilha do oponente, que cozinhou a partida no segundo tempo. Faltou tranquilidade para dar o último passe e finalizar.  O arqueiro oponente, Thiago Leal foi o cara do jogo, salvando pelo menos três chances claras. Carijó perde a segunda em casa, complicando a situação no Mineiro. Vai ter que buscar em Varginha contra o Boa, semana que vem, domingo (11), às 11h, a vitória que não veio aqui. Drubski vai ter trabalho para acertar o setor de criação desse time, que mostrou certa dependência de Hiroshi, de fora por conta de lesão.

Destaques Negativos:
--Setor de criação não funcionou. Ramon e Ygor até deram mais qualidade, mas faltou efetividade. Kozlowski e Kiss decepcionaram. 
--A entrada de Romário não funcionou. Time ficou previsível e distante. 
--Pelas observações que faço, enxergo a equipe dependente do meia Hiroshi. Atleta fez muita falta no setor e é o meia mais criativo do time. 
--Galo agora é o 9º colocado, com seis pontos, quatro atrás do último time na zona de classificação, o América-MG.

Destaques positivos:
--O time tentou se entregar em campo. Não teve técnica, mas teve raça e correria por parte da maioria dos atletas. É urgente transformar isso em efetividade. No primeiro tempo, após o gol, time voltou a demonstrar apatia. A mudança de atitude no segundo tempo foi determinante, mas não o suficiente.

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