Primeiro de Abril: Dia da Mentira ou da Verdade para o torcedor Carijó?

Foto: Junior Ayupe/ Tupi FC
O ano de 2019 tem parecido ao torcedor Carijó um imenso primeiro de Abril. Após o descenso para a Série D, em 2018, veio um péssimo estadual, com mudanças no comando do futebol e três trocas de treinadores durante o torneio. Com a ascensão do rival, Tupynambás, que terminou o estadual com vaga garantida na quarta divisão nacional em 2020, a paciência do alvinegro que, em pouquíssimo tempo, viu o time do coração em uma Série B do Brasileiro, em 2016, se mostra abalada.

No dia de hoje, o primeiro de Abril real, o Tupi se reapresenta para iniciar os trabalhos visando a Série D. Tudo ainda envolto em certo mistério, já que o primeiro contato dos atletas com a imprensa, e por conseqüência com o torcedor, acontece apenas na próxima quarta-feira, segundo a assessoria de imprensa Carijó. De certo, segundo as primeiras informações, deve haver mudanças consideráveis no elenco. 

E não é para menos, após 13 anos ininterruptos no Módulo I do Mineiro, o atual elenco ficou marcado por executar a pior campanha da história do clube em estaduais, com apenas quatro pontos marcados e nenhuma vitória. Além disso, quebra uma sequência histórica, já que o Galo era a equipe do interior que estava por mais tempo na elite, desde 2007 (excluindo Villa Nova, da Região Metropolitana de BH, disputando desde 1995). Ano que vem tem Módulo II e a incerteza de um calendário cheio incomoda.

Longe da Série D desde 2013, a missão deste ano não é fácil. Passados todos esses problemas, o Tupi tem pela frente a única oportunidade de ter um calendário de “segundo semestre” na competição nacional que se inicia em Maio. Caso não venha o acesso, e com a inexistência da Taça Minas Gerais, o fracasso pode significar dois anos, pelo menos, sem competição Nacional, já que as vagas são distribuídas no Módulo I. Logo, a bola do Carijó está na marca do pênalti.

Para complicar a situação, 2019 é ano eleitoral no clube. Incertezas em campo, incertezas também no meio político. Chapas, ainda não oficializadas, já começam a se movimentar nos bastidores e também nas redes sociais. Com isso, não há a menor certeza do que vai ser do Tupi no ano que vem.

Somado a isso, ainda existe a incerteza financeira já que, em 2020, não haverá cota de TV. Como então colocar um bom time em campo e buscar o acesso? Parcerias? Mecenas? Ceder o futebol do clube para terceiros? Respostas a essas perguntas apenas teremos quando iniciado o processo eleitoral.

Nesse reinício de caminhada, no simbólico dia primeiro de Abril, o torcedor Carijó só quer alguém que lhe conte alguma verdade. Algo pelo qual acreditar, que faça o horizonte parecer menos nublado e mais confiável. Saberemos ainda nesta semana, quem vão ser os escolhidos em campo para tentar salvar 2019 e deixar o coração do apaixonado um pouco menos amargo.

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Pitacos: 

*O VAR veio para ficar. Corrige injustiças e não acaba com a discussão da arbitragem no país. Os principais problemas que estão acontecendo aqui no Brasil são por falta de preparo dos próprios árbitros que comandam o sistema. O tempo, se tudo der certo, pode resolver o problema. 

*Campeonato Carioca com o regulamento atual é uma falta de respeito ao torcedor e à história do torneio. Campeões de turno, Vasco e Flamengo, podem não ser campeões estaduais, como aconteceu em 2018, com o título do Botafogo. 

*Disparidade das cotas de TV nos estaduais criam um abismo grande entre pequenos e gigantes e ajudam a aumentar a disparidade e a falta de qualidade dos torneios. Em Minas, a cota não chega a R$1 milhão para os menores. Cruzeiro e Atlético recebem mais de R$ 12 milhões. Clubes paulistas com cotas maiores “roubam” os bons atletas dos outros estados, aumentando a distância.

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